Dólar nas alturas! O que vem por aí?

Posted on 26 de março de 2020

A Alta do dólar pode durar mais tempo do que os brasileiros gostariam. A desvalorização do real, tem sido um prato indigesto para grande parte dos brasileiros, mas é parte da estratégia do governo para estimular a volta dos investimentos internacionais e o crescimento programado.
Segundo uma máxima entre os especialistas em finanças, onde diz que ministro da área econômica não emite opinião sobre assuntos como o câmbio e taxas básicas de juros. A resposta à quebra dessa regra, sempre vem pela via do mercado, que entra em ação para lembrar que não existe um pronunciamento correto nesse assunto.

Recentemente, quebrando essa regra, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu um recado aos brasileiros preocupados com a recente alta do dólar. Em resposta a um jornalista, Guedes disse: “É bom se acostumar com câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.

Por mais dolorosa que possa parecer, a frase de Guedes faz sentido e funciona como uma espécie de aviso para quem tem esperanças de encontrar câmbio mais favorável daqui para a frente.

Mesmo com as intervenções do Banco Central, devem ser mantidas as perspectivas de desvalorização do real a longo prazo. O dólar está mais caro por vários fatores. Um deles é o desempenho econômico dos Estados Unidos e da própria economia mundial. O país avança mais rápido do que outras nações.

Entre se preocupar com os desejos da classe média, que gosta do real valorizado para fazer compras em Miami, e as necessidades do setor produtivo, que precisa ganhar competitividade para impulsionar as exportações com uma moeda mais baixa, o ministro da Economia deixou claro qual é a sua opção.

Por outro lado em todo o mundo, investidores acompanham com preocupação a rápida expansão do surto de coronavírus e seus impactos na economia. A OMS declarou uma pandemia, o que significa que há uma transmissão recorrente em diferentes partes do mundo e de forma simultânea do vírus em questão.

Mundialmente medidas emergenciais estão sendo anunciadas para evitar que a doença leve a uma nova recessão econômica, mas ainda permanecem dúvidas sobre sua eficiência. Enquanto as autoridades norte-americanas procuram maneiras de lidar com o surto de coronavírus, o governo do presidente Donald Trump anuncia medidas para prevenir-se cortando impostos e destinando recursos em forma de subsídios para as empresas e pessoas em situação de risco.

O Brasil não parece ter a preocupação de se demonstrar um porto seguro para os dólares vindos de fora. A demora do governo de Jair Bolsonaro em seguir com a agenda de reformas, as constantes crises palacianas e o temor de instabilidade social e política são sinais de alerta para quem observa o país do exterior. “Existia uma expectativa de que era só aprovar a reforma da Previdência para começar a chuva de dólares no Brasil”, diz o economista Gino Olivares, do Insper. “O país ainda tem condições de se posicionar de forma mais atraente e se tornar um caso de sucesso em 2020, mas o governo precisa agir para que isso ocorra”. Antes que as nossas possibilidades sejam dizimadas pelas incertezas do relacionamento entre os três poderes.

Vamos refletir… Com o dólar nas alturas o que vem por aí? Vai continuar a subir? Vai cair? Olhando o que a maioria dos analistas dizem, é possível afirmar que o dólar está com o valor um pouco acima do valor esperado.

No passado, a atuação do Banco Central foi eficiente e, ao menos em momentos críticos, atuou de forma inteligente, sem utilizar de instrumentos que poderiam levar insegurança ao mercado. É bom lembrar que temos uma boa reserva. Agora, a tempestade perfeita criada por diversas questões importantes, colocam em risco o sistema de câmbio flutuante, servindo como teste para entendermos nesse momento até onde o Banco Central vai para conter a alta da moeda americana.

Pensando estrategicamente …   No curto prazo, a cautela continua como componente importante e não existe no horizonte expectativa de melhoria nos cenários, ainda que esteja claro que o dólar realmente está mais caro do que o esperado.

A palavra cautela é proveniente etimologicamente do latim e possui alguns significados particulares, tais como nos faz a remitir a palavra “cuidado”, que foi usada para se referir à pessoa que trata a outra com cuidado e prudência ou até mesmo que é uma característica pessoal.

O termo pode ser associado com prudência e moderação. Numa situação como essa, convém lembrar da boa e velha recomendação: cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém! 


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