AS IMPLICAÇÕES GLOBAIS DE UMA POSSÍVEL REELEIÇÃO DE TRUMP EM 2024

Posted on 13 de março de 2024

Donald Trump é um ex-presidente dos Estados Unidos que anunciou sua candidatura à presidência para as eleições de 2024. Ele é membro do Partido Republicano e tem mostrado forte desempenho nas primárias do partido, incluindo vitórias significativas em estados como Michigan e Carolina do Sul, consolidando-se como o favorito para a indicação republicana nas eleições gerais de 2024.

O retorno de Trump à presidência poderia impactar as relações internacionais, conforme destaca a matéria do Jornal Opção, indicando uma disputa acirrada entre Trump e Biden, com influências geopolíticas em jogo.

Em artigo a CNN Brasil sugere que Trump, se reeleito, teria abordagens assertivas, indicando possíveis mudanças nas políticas externas.

Por outro lado, Trump afirma que, se ainda fosse presidente, evitaria guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, com uma abordagem diferente em termos de política externa.

A figura de Donald Trump na política americana e, por extensão, na geopolítica mundial, é indiscutivelmente disruptiva.

O cenário hipotético de uma reeleição de Trump, após sucessivas vitórias nas primárias de 2024 e um forte desempenho na Super Terça, teria implicações profundas para a geopolítica mundial, tocando em aspectos como alianças internacionais, comércio, política climática e relações com potências autoritárias.

Trump é conhecido por sua abordagem “América Primeiro”, que durante seu primeiro mandato levou a um distanciamento dos aliados tradicionais dos EUA, especialmente na Europa. Uma segunda presidência poderia ver um aprofundamento dessa tendência, possivelmente enfraquecendo instituições como a OTAN e a União Europeia. Isso poderia alterar o equilíbrio de poder na segurança global e na política internacional, incentivando países a buscar novas alianças ou reforçar outras, como a relação entre França e Alemanha na UE ou a aproximação da UE com a China e a Rússia em detrimento dos EUA.

Outro aspecto relevante das políticas de Trump é seu ceticismo em relação a acordos de livre comércio. Durante seu primeiro mandato, ele renegociou o North American Free Trade Agreement (NAFTA), resultando no United States–Mexico–Canada Agreement (USMCA), impôs tarifas sobre a China e questionou a relevância da Organização Mundial do Comércio. Uma reeleição poderia levar a uma continuação dessas políticas protecionistas, potencialmente resultando em guerras comerciais renovadas, especialmente com a China. Isso poderia desestabilizar cadeias de suprimento globais.

Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, citando desvantagens econômicas para os EUA como sua principal motivação. Uma reeleição provavelmente significaria uma continuação de políticas ambientais que favorecem a indústria de combustíveis fósseis em detrimento de energias renováveis o que poderia piorar o cenário de mudança climática.

Trump tem demonstrado uma abordagem, por vezes, conciliatória em relação a líderes autoritários, como Vladimir Putin na Rússia e Kim Jong-un na Coreia do Norte. Em uma segunda presidência Trump poderia fortalecer esses líderes, dando-lhes mais espaço para expandir sua influência.

Uma vitória de Donald Trump teria repercussões significativas para a América Latina e, especificamente, para o Brasil, dada a influência econômica, política e cultural que os EUA exercem na região.

Trump é conhecido por sua política que favorece o protecionismo e renegociações de acordos comerciais que ele considera desfavoráveis para os EUA. Para a América Latina, isso pode significar pressão para renegociar termos comerciais ou enfrentar tarifas sobre produtos exportados para os EUA, o que poderia afetar negativamente as economias dependentes do acesso ao mercado norte-americano.

Por um lado, para o Brasil a continuação de políticas protecionistas dos EUA pode prejudicar as exportações brasileiras, especialmente em setores como o agronegócio e a manufatura. Simultaneamente, pode haver oportunidades para negociar acordos bilaterais que beneficiem certos setores ou para atrair investimentos americanos em áreas estratégicas.

Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Para a América Latina, isso pode significar menos pressão internacional para proteger florestas, reduzir emissões e investir em energia limpa. Para o Brasil especificamente, a gestão ambiental do país sob uma presidência de Trump, poderia se tornar ainda mais controversa, fortalecer posições que favorecem o desenvolvimento econômico sobre a proteção ambiental e afetando a biodiversidade.

Trump tem demonstrado uma abordagem variada em relação à América Latina quando se trata das relações diplomáticas e política externa, com políticas rigorosas sobre imigração e relações tensas com países como Cuba e Venezuela. Uma reeleição poderia significar a continuação ou intensificação dessas políticas, afetando os imigrantes latino-americanos nos EUA.

Sob a liderança de líderes politicamente alinhados, as relações Brasil-EUA floresceram em certos aspectos durante o mandato anterior de Trump. Uma nova presidência Trump poderia fortalecer essas relações bilaterais, especialmente se os líderes compartilharem visões semelhantes sobre questões econômicas, políticas e ambientais. No entanto, isso também poderia isolar o Brasil de parceiros globais que têm visões diferentes, especialmente em questões ambientais e de direitos humanos.

Uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA impactaria significativamente a América Latina e o Brasil, influenciando o comércio, a política ambiental, as relações diplomáticas e a política externa.

A reeleição de Donald Trump teria implicações significativas para a ordem mundial, potencialmente levando a um realinhamento de alianças, mudanças nas práticas comerciais globais, abordagens diferentes à política climática e relações alteradas com regimes autoritários. Cada um desses aspectos teria ondas de choque que afetariam não apenas a geopolítica, mas também a economia global, o meio ambiente e a promoção dos direitos humanos em todo o mundo.


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