O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão responsável por formular a política da moeda e do crédito no Brasil. É composto pelos Ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (BCB).

O BCB exerce diversas funções para garantir a estabilidade e o bom funcionamento do sistema financeiro nacional. Suas principais atribuições são a estabilidade financeira, o controle da liberdade financeira, a regulamentação do sistema bancário, a emissão da moeda e a supervisão das operações financeiras.

Uma das principais funções do BCB é a promoção de um ambiente saudável e seguro para o sistema como um todo. Para isso, o BCB possui instrumentos como regulação e supervisão de bancos, instituições financeiras e de crédito, além de atuar no controle da inflação e do câmbio.

O controle exercido pelo BCB, utiliza ferramentas como a taxa básica de juros, chamada de Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para influenciar o nível de preços da economia. Por meio da política monetária, ele busca controlar a expansão da moeda para manter a estabilidade econômica e promover o crescimento sustentável.

O BCB também é responsável pela emissão da moeda nacional, o Real. Ele regula a quantidade de dinheiro em circulação, controla as reservas internacionais do país e atua no mercado cambial, garantindo a estabilidade do sistema financeiro.

Outra função relevante é a supervisão e regulação do sistema bancário. O BCB é responsável por autorizar a abertura e funcionamento de bancos, estabelecer requisitos de capital e solvência, fiscalizar suas atividades e garantir a proteção dos depositantes.

Além disso, o BCB também atua como prestamista de última instância, fornecendo liquidez aos bancos em momentos de crise financeira. Essa função é fundamental para evitar o colapso do sistema financeiro em situações de instabilidade.

O principal objetivo do Comitê de Política Monetária (Copom) é buscar o controle da sobrevivência e a estabilidade financeira. Sua atuação é baseada em análises seguidas da conjuntura econômica, levando em consideração indicadores como o nível de atividade econômica, a expectativa do mercado, as projeções para a economia, dentre outros.

Reflitam comigo: O Copom tem como função determinar a taxa básica de juros, que é um instrumento importante para a condução da política monetária. A taxa básica de juros influencia, diretamente, os custos de empréstimos, financiamentos, poupanças e investimentos no país.

Além de definir a taxa básica de juros, o Copom também divulga o Relatório de Inflação, que contém informações periódicas sobre a análise da conjuntura econômica e as suas perspectivas.

O Copom atua de forma autônoma, mas sempre buscando cumprir as metas estabelecidas pelo CMN, que é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional. O CMN é responsável por definir as metas de conformidade e as diretrizes gerais da política monetária, enquanto o Copom é responsável por executar as ações necessárias para alcançar essas metas.

O Copom cumpre um papel fundamental na formulação e execução da política monetária no Brasil, com o objetivo de promover a estabilidade econômica e controlar a preservação da saúde financeira, afetando diretamente a vida das pessoas, das empresas e do mercado financeiro.

A taxa básica de juros da economia brasileira, conhecida como Selic, é uma das ferramentas utilizadas pelo BCB para controlar a influência e influenciar o custo do crédito.

Uma redução na taxa Selic tem como principal objetivo estimular a atividade econômica, incentivando o consumo e o investimento. Com juros menores, as pessoas e as empresas têm maior acesso ao crédito, o que pode sustentar o consumo, aumentar a demanda por bens e serviços e gerar mais empregos.

Além disso, os juros mais baixos podem estimular o investimento produtivo, pois reduz o custo do financiamento para as empresas. Isso pode resultar em aumentos de produção, modernização de equipamentos e expansão de negócios, o que contribui para o crescimento da economia.

Outro impacto da redução da Selic é a valorização dos ativos financeiros, especialmente ações e títulos públicos. Com juros mais baixos, os investidores tendem a buscar opções mais rentáveis, como o mercado de ações, o que pode elevar os preços desses ativos.

Por outro lado, a redução da Selic também pode acarretar alguns efeitos negativos. Um deles é a redução da atratividade dos investimentos em renda fixa, como poupança e títulos de renda fixa. Com juros menores, as pessoas tendem a migrar para investimentos mais arriscados em busca de maiores retornos, podendo gerar instabilidade no sistema financeiro.

Pensando estrategicamente: … uma redução muito acentuada da taxa Selic pode aumentar a inflação. Isso ocorre porque a queda dos juros estimula o consumo, o que pode gerar um aumento da demanda por bens e serviços, elevando os preços. Portanto, é importante que o BCB mantenha um equilíbrio no ajuste da taxa Selic, para evitar pressões inflacionárias.

Em sua reunião na última quarta-feira (2), o Copom decidiu iniciar o ciclo de corte nos juros básicos da economia brasileira, confirmando o primeiro corte dos juros em três anos.

A última queda aconteceu em agosto de 2020, em meio à fase mais aguda da pandemia da Covid-19, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano (o nível mais baixo da história). A taxa Selic que estava em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio caiu para 13,25% ao ano, seguindo as expectativas de parte do mercado financeiro e de membros da equipe do Governo.

A redução ocorre exatamente 12 meses depois de o BCB elevar a taxa Selic pela última vez para combater uma inflação até então bastante persistente. Desde então, os juros básicos estavam parados em 13,75% ao ano. Nesse período a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 10,07% para 3,16% – abaixo do centro da meta deste ano (3,25%).

O presidente do BCB – Roberto de Oliveira Campos Neto e o Diretor de Política Monetária Gabriel Galípolo votaram pela redução de 0,50 p.p., confirmando a atuação técnica do Órgão.