CONHECIMENTO CIENTÍFICO X ACHISMO: QUE CAMINHO SEGUIR?
Posted on 14 de junho de 2021
O conhecimento científico é real porque lida com ocorrências ou fatos, constituindo assim em um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses tem sua veracidade ou falsidade certificada através das experiências desenvolvidas e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. Ele é sistemático, pois, se trata de um saber ordenado de forma logica, formando assim um sistema de ideias e não conhecimentos dispersos e desconexos. O conhecimento científico, é transmitido por intermédio de treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar “por que” e “como” os fenômenos ocorrem, na tentativa de evidenciar os fatos que estão correlacionados, numa visão mais globalizante do que a relacionada com um simples fato.
O conhecimento vulgar ou popular, geralmente típico das pessoas simples, muitas vezes denominado de senso comum é transmitido de geração para geração por meio da educação informal e baseado em imitação e experiência pessoal; portanto, empírico e desprovido de conhecimento. Ele não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido: o que diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos de como chegamos ao conhecimento.
Desde os tempos mais remotos, até os dias atuais, um agricultor, desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo para iniciar o plantio, a época da colheita, a necessidade da utilização de adubos, as providências a serem tomadas para a defesa das plantações de ervas daninhas e pragas e o tipo de solo adequado a ser utilizado para as diferentes culturas.
O universo é complexo e cheio de diversidade que carregam em si inúmeros fenômenos que se manifestam a todo instante, aliado a tudo isso existe a necessidade do homem de estudá-los para poder entendê-los e explicá-los. Tudo isso levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo e ciências específicas.
Os cientistas acreditam que existe uma explicação natural para a maior parte das coisas. Para estudar qualquer assunto, eles fazem muitas observações e tentam entender as causas dos problemas, para então buscar uma solução para eles. Ao aprender o que causa uma doenças, por exemplo, os cientistas podem trabalhar para encontrar uma cura ou impedir que ela se espalhe.
Usando as informações que descobrem ao testar hipóteses, os cientistas desenvolvem teorias científicas. Uma teoria é muito mais ampla do que uma hipótese. As teorias são a melhor explicação encontrada pelos cientistas para esclarecer por que certos fenômenos acontecem. Às vezes, quando os pesquisadores descobrem novas informações, as teorias precisam ser revistas e atualizadas.
Nesse momento, as universidades públicas, os cientistas e os profissionais da saúde estão na linha de frente do combate, mas não enfrentam só o vírus que vem matando milhares de pessoas pelo mundo. Eles precisam enfrentar também criacionistas, negacionistas e o “mercado”.
Vamos refletir:.. o que acontece quando as autoridades se comportam como amadoras ou se baseiam em conteúdo amador para tomar decisões que impactam todo um país? “Como Andrew Keen se pergunta em um podcast que o autor lançou mais recentemente sobre política: a democracia está morrendo ou simplesmente trocando a sua pele analógica para uma versão mais nova e adequada à era digital? Enquanto buscamos respostas sobre como será o futuro da política em tempos de rede sociais, o combate ao coronavírus parece ter jogado luz sobre a questão do amadorismo”.
“Se hoje podemos nos orgulhar das inúmeras iniciativas de pesquisa que estão trazendo resultados concretos na batalha contra a covid-19, isso é resultado de décadas de investimentos nas nossas universidades de pesquisa, com protagonismo majoritário das instituições públicas”, ressalta Nussenzveig. “Esses investimentos não foram apenas em equipamentos e insumos, que estão cada vez mais escassos nessa prolongada crise de financiamento: foram investimentos na formação de pessoal qualificado, desde a iniciação científica.”
A pandemia de COVID-19 tem desafiado pesquisadores e gestores a encontrar medidas de saúde pública que evitem o colapso dos sistemas de saúde e reduzam os óbitos. Esta revisão buscou sistematizar as evidências sobre o impacto das medidas de distanciamento social na epidemia de COVID-19
Estamos prontos para retomar algumas atividades, quando? Para responder a essas perguntas é preciso resolver uma equação que mistura fatores ligados à área da saúde, da economia, dos direitos e ainda demanda uma boa dose de estatística e análise dos recentes cenários internacionais.
Pensando estrategicamente:… quando uma pandemia como a do novo coronavírus se alastra pelo mundo, uma das grandes necessidades é obviamente o desenvolvimento de uma vacina ou de outro tratamento específico o que demanda tempo para se criar algo eficaz e seguro.
Quando a saúde individual e de toda a população mundial está em jogo, subitamente o conhecimento técnico parece essencial para imaginar os cenários adiante e tomar a melhor decisão. Os países devem fazer investimentos regulares na produção de conhecimento científico, mesmo que isso não pareça ser uma emergência.
Você já tinha ouvido falar nesses termos antes? Caso sua resposta seja negativa, é um sinal de que você talvez não seja um especialista, neste caso a sua posição sobre o tema, assim como a minha, entram na categoria do achismo e não de conhecimento científico.
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