Educar para transformar – professores e policiais, agentes de transformação social
Posted on 26 de outubro de 2017
Educação e segurança, dois temas completamente distintos e ao mesmo tempo tão próximos!
Uma, funciona como agente de transformação social, em que a figura do professor se faz fundamental nesse processo de mudança. A outra tem na figura do policial a tentativa da conquista de uma sociedade organizada e progressista, ao priorizar o zelo pela ordem pública.
Dois extremos que se completam. Apesar de díspares, dois pilares da sociedade que não podem deixar de existir, e nem ao menos ficarem mancos, como já aparentam estar.
O professor – primeiro influenciador que existiu, foi e vai além da era digital. Ele tem o poder de provocar, induzir, instigar, persuadir, motivar, impressionar e inspirar as pessoas, e isso tudo desde que a profissão nasceu. Ele tem o poder e a responsabilidade de modificar a percepção das pessoas a respeito da realidade.
Se a educação é o caminho para um país melhor, um mundo melhor, para uma sociedade mais igualitária e para um futuro mais justo, o professor é o grande agente dessa transformação. Ele é a base de toda a sociedade e de todo o conhecimento. É o mestre nessa briga diária e com tantas barreiras a se transpor. E se educar é transformar, é o professor quem faz toda a diferença nesse desafio.
Claro, precisamos olhar para o verbo em toda a sua amplitude. Educar é mais do que ensinar. É preparar para a vida, com senso crítico, conhecimento e atitude transformadora para construir novas realidades.
Mas onde se encaixa a segurança dentro desse contexto? Dentre vários estudos e estatísticas, duas podem te convencer: 1) a probabilidade de um indivíduo com até sete anos de estudo ser assassinado no Brasil é 15,9 vezes maior de outro indivíduo que tenha ingressado na universidade, e 2) para cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17 anos nas escolas, há uma redução de 2% na taxa homicídio.
E não é por acaso que no Brasil, ainda estamos muito longe de alçar grandes vôos quando o assunto é desenvolvimento. No nosso país, os professores são menos “respeitados”. Em todo o mundo, apenas Israel fica em pior posição. Até mesmo o Egito e a Grécia valorizam mais seus professores. Em contrapartida, temos 19 cidades no ranking da ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, com as 50 mais violentas do mundo.
Já Cingapura, por exemplo, foi eleita a número um em educação. Não por acaso, lá também está um dos mais altos níveis de segurança do mundo, e conseqüentemente um índice de criminalidade muito baixo.
De acordo com o ex-diretor do Instituto Nacional de Educação (NIE) do país, a receita é simples: valorizar o trabalho dos professores e estabelecer objetivos em políticas públicas. Mais uma vez o agente transformador se faz presente: o educador.
E é somente nesse contexto que os agentes que trabalham nessas vertentes podem exercer verdadeiramente suas funções: professores ajudarem a construir cidadãos pensantes e policiais prezarem pela ordem pública, e não necessariamente caçarem bandidos que serão liberados horas depois.
Um país em que, talvez os dois maiores agentes de transformação, possam atuar na essência de suas funções, é um país saudável e com condições de oferecer para a sua população o que há de melhor em termos de qualidade de vida.
Mas um país em que a educação é tratada como a quarta perna de um tripé, e a segurança existe unicamente para fazer seu papel na caça ao rato, é natural que tragédias aconteçam na velocidade da luz.
Pensando estrategicamente, se quem ama educa… quem educa consegue sim construir uma sociedade mais justa, pacifica, equilibrada e vanguardista!
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