A política do ” Compadrio “

Posted on 2 de março de 2017

(*) Antonio Carlos de Oliveira

Que a economia do nosso país entrou em um momento delicado, todos nós sabemos e vivemos diariamente os reflexos disso. As políticas públicas, se antes já não supriam as necessidades básicas do povo, agora, no caos político e econômico que vivemos, não atendem nem as mais baixas expectativas.

 

A realidade é triste e preocupante e, caso o cenário não mude no curto prazo, as previsões do futuro também não são as melhores. O poder de fazer diferente está em nossas mãos, podemos exercer a força de pressão sobre aqueles que governam o Brasil, pois eles são os nossos mandatários.  E é esse ponto sobre o qual devemos pensar estrategicamente!

 

A cultura do QI -“quem indica”, em que as pessoas conseguem cargos por indicações de conhecidos ou por laços familiares, infelizmente, é a que prevalece. Desde as posições pequenas como um simples Atendente de uma repartição de 3º escalão, até as mais altas, como é o caso de Ministro de Estado na mais alta corte da Nação. E, como vimos em textos anteriores, a política interfere diretamente na economia de países como o nosso, onde prevalece o baixo grau de conscientização política e suas consequências são sentidas por todos, principalmente, as classes mais baixas, aqueles que não podem contar com a estabilidade social e econômica tão necessária e almejada. 

 

O compadrio político e a forte influência dos “amigos do rei”, fazem com que não consigamos evoluir economicamente. Já que todo butim está guardado e seguro nas mãos da pequena fatia que elegemos nas sucessivas eleições passadas. Para que essa situação seja reversível e voltemos a crescer, serão necessárias que as mudanças que estão sendo propostas nos últimos tempos sejam, realmente, colocadas em prática e não sufocadas pelos interessados em seguir com essas ideias individualistas, onde os pequenos grupos ou feudos permeiam por todo o estado brasileiro e articulam na calada da noite contra a sociedade que os elegeram.

 

Enquanto o futuro não chega e a ponte não acaba de ser construída, os inocentes seguem pagando pelos pecadores, o povo continua sem usufruir das nossas riquezas que são compostas de recursos humanos, financeiros e naturais e que podem fazer a diferença na vida de tantos que até hoje não conseguiram um lugar ao sol.

 

Só nos falta pulso e coragem! Agora é a hora de interferimos no presente e prepararmos para colhermos os frutos das sementes que estamos semeando. É a hora de desmancharmos as redes de compadrios que se instalaram em todas as esferas de governo, devolvendo o país para as pessoas certas: o povo!

 

(*) Analista de negócios e Professor universitário


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