CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE
Posted on 14 de outubro de 2021
Uma consciência de nossos direitos e obrigações, como indivíduos, comunidades e uma nação dentro da comunidade das nações, passa necessariamente pela legitimação do poder, que seria algo fundamental para a questão da conquista e preservação do Estado.
A nação é o território e a organização política que, embora não seja perfeita ou em qualquer sentido uma utopia, melhor atende aos desejos humanos concorrentes de pertencimento e liberdade e paz dentro de uma ordem baseada em regras.
É inerente que haja um desenvolvimento político como Grupo responsável pelos seus atos, e com o intuito de fazer alguma coisa para mudar o Mundo em que estamos inseridos hoje. Sem uma visão formada e conceituada acerca dos caminhos em que se baseiam as decisões de ordem Mundial, Nacional, Estadual e Municipal é impossível produzir conhecimento político, e sem esse macro conhecimento do ambiente político tão volúvel e inconstante os conceitos sobre se a política cairia na “vala comum” dos comentários generalistas daqueles que não buscam se aprofundar em assunto algum: “Político é tudo corrupto!”, “Política é um lixo!”, “Esse Governo é uma droga!”, “O Governo não faz nada!”.
Na maioria das vezes o eleitor brasileiro escolhe seus candidatos através dos telejornais, com seus comentários espetaculosos a respeito de um candidato (a) do interesse da mídia, ou através do candidato (a) mais simpático (a), ou ainda através daquele que lhe prestou algum favor pré-eleitoral ou que torce pelo time de futebol de sua preferência.
Costumam dizer que cada povo tem o governo que merece! Será realmente? Nem todos devem pensar assim, e realmente acredito que nem todos pensam assim. De fato, se o exagerado ditado popular dispõe que “cada povo tem o governo que merece”, não menos certo é que nem todos do povo merecem o governo que têm… qualquer preceito de ordem pública, haja vista que o interesse público, ainda que assumindo as mais variadas facetas, é sempre aquele resultante do conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente têm… Nem por isso, todavia, eleição após eleição, o povo brasileiro deixa de eleger pessoas já condenadas pela Justiça, ou com maus antecedentes criminais, ou com maus antecedentes políticos. É preciso despertar nas pessoas a consciência para a valorização do voto, pois voto não tem preço, tem consequência.
Segundo Yoram Hazony, filósofo israelense, “Quando um povo é incapaz de se disciplinar, um governo benevolente apenas encorajará a divisão, a licenciosidade, o ódio e a violência; e eventualmente será forçado a viver sob a tirania ou suportar uma guerra civil. Isso significa que o melhor que ele pode esperar é um autocrata amável”.
Vamos refletir: As estatísticas consagram ao Brasil a liderança do ranque dos Países campeões mundiais em corrupção, fazendo associação a determinados países em estágio primitivo de evolução e desenvolvimento. Que tipo de ambição exorbitante e estúpida está na base da deficiência de caráter capaz de olvidar todos os escrúpulos para com a consciência e arremessar-se tão sagazmente no cofre do Estado? Não somos o primeiro, o único ou o último a anunciar esse séquito de vícios, contudo a mídia, frequentemente, noticia e expõe tais fatos francamente execráveis e com grande repercussão.
A improbidade eleitoral existente na captação ilícita de sufrágio é de duas vias, demonstrando que a esperança em dias melhores para nossa nação é pequena, pois cada povo tem o governo que merece… E enquanto nosso povo ainda não atingir o padrão ético esperado, especialmente no pleito eleitoral, não há como se esperar ética daqueles que foram eleitos por esse mesmo povo
Pensando estrategicamente: Em se tratando de uma democracia, a maior parte das civilizações mundiais, de quem é a culpa? Do povo ou do Governo?
“Cada povo tem o Governo que Merece” é uma máxima produzida por um grande pensador dos últimos séculos, Ruy Barbosa, e expressa um conceito verdadeiro sobre a democracia.
Haverá futuro promissor para uma sociedade estruturada assim como a nossa? Pensamos que sim! Considerando pelo lado, digamos mais transcendente da questão, para apurar a estrutura social deste País.
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