PARECE QUE INICIAMOS A RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA!

Posted on 21 de julho de 2021

De acordo com o presidente do BC, as duas últimas semanas de abril foram as piores para a economia e que houve recuperação a partir de maio num movimento inicial em forma de “V”. Recuperação em V é um termo usado por economistas para relatar uma retomada intensa depois de uma queda vertiginosa na atividade econômica.

“Itens como energia, tráfego, arrecadação, volume de TED, tudo isso é possível de ser enxergado como uma melhora já em junho”, disse ele, ao participar de evento virtual promovido recentemente pelo jornal Correio Braziliense.

A economia do País já apresenta sinais de recuperação, após o impacto da crise provocada pela pandemia do coronavírus. O Ministro da Economia, Paulo Guedes foi o primeiro a avisar que a saída da crise começaria antes do que se imaginava

Os sérios danos causados nas economias mundiais mais consolidadas, e os impactos nos países emergentes como o caso do Brasil também foi muito relevante. Não obstante os problemas vividos, as medidas emergenciais tomadas pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central tais como: transferência de renda, impulso ao crédito a empresas e aumento de liquidez no sistema financeiro colocou o Brasil numa situação de vantagem em relação aos outros emergentes.

Se analisarmos os dados mais recentes observamos que o comportamento setorial apresentou os seguintes números: O varejo, por exemplo, caiu 14% em março, recuando mais 17,5% em abril. Em contrapartida, em maio, avançou 19,6%, acima das expectativas do mercado. Da mesma forma, a produção industrial caiu 9,2% e 18,8% no início da pandemia, no entanto registrou uma recuperação de 7% em maio, segundo levantamentos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo aqueles indicadores que demoram mais a se ajustar já mostram uma queda menos acentuada, veja o caso do setor de serviços, que retraiu 6,9% e 11,9% respectivamente em março e abril, demonstrando uma desaceleração de queda de apenas 0,9%, em maio. Por isso, o Indicador de Atividade Econômica da Fundação Getúlio Vargas (FGV) já apontava para uma virada no nível da economia brasileira, de -9%, em abril, para 0,5%, em maio. Agentes do governo garantem que essa recuperação continuará. Segundo dados da Receita Federal, no mês anterior, por exemplo, a média diária de notas fiscais eletrônicas subiu de R$ 20,7 bilhões para R$ 23,9 bilhões, o que sugere um crescimento de 10,3% nas vendas.

Especialistas explicam que a recuperação começou de forma acelerada porque a base de comparação é muito baixa. Afinal, praticamente todo o país ficou de quarentena em abril e, assim, a economia quase parou. Por isso, qualquer retomada no primeiro momento ressalta aos olhos. As vendas de roupas e veículos, por exemplo, cresceram mais de 100% em maio porque praticamente não existiram em abril. Porém, segundo os lojistas seguem em patamares historicamente baixos. Por isso, o crescimento não se sustenta na comparação anual. Prova disso é que o varejo cresceu 16,9% entre abril e maio, mas ainda recente de um resultado negativo de 14,9% em relação ao mesmo do período do ano passado (2020).

Se analisarmos pela perspectiva do PIB, a projeção de recuperação apresentava-se na casa de 5,0% há quatro semanas e de 5,26% há uma semana (dados extraídos do Boletim Focus). Nova pesquisa Exame/Ideia mostra que 1 em cada 3 brasileiros acham que a economia vai melhorar até o fim do ano, espera-se para 2021 que a economia brasileira cresça alinhada com os demais países emergentes. 

Vamos refletir:… parece que iniciamos uma recuperação. Se os indicadores econômicos estudados pelo governo mostram que o pior da crise do novo coronavírus já passou e que a recuperação econômica será mais rápida do que se pensava, só nos resta pensar em algo melhor para o futuro próximo.

Para quem acreditava em uma catástrofe na economia e sem possibilidade de recuperação no curto prazo, pode-se dizer que a economia brasileira tem surpreendido na resiliência, mas não é suficiente para abandonar a agenda reformista e abrir os cofres.

Nesse sentido, o mau exemplo foi dado recentemente por agentes do Legislativo, que caminha na direção contrária dos ajustes empreendidos pela Economia. O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (15) o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022 (LDO – PLN 3/21), que determina as metas e prioridades para os gastos do governo no ano que vem. Vacinas, creches, casas e tratamento de câncer estão entre as despesas prioritárias. Apesar da votação rápida, alguns gastos da LDO causaram controvérsia. Deputados e senadores criticaram o aumento de recursos para o financiamento da campanha eleitoral, que subiu de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

Pensando estrategicamente… o presidente do BC explicou que a economia brasileira ficou muito mal em abril, o mês mais intenso do isolamento social no país. Mas, ensaiou uma retomada em maio e acelerou esse processo de recuperação em junho. O setor financeiro tem sido muito importante para a alocação dos recursos necessários de maneira eficiente, observou. Campos Neto admitiu que ainda é preciso aperfeiçoar um ponto importante do sistema financeiro: o acesso ao crédito.

Baseado nas projeções dos dados da economia brasileira bem como da mundial, o BC sinaliza que o cenário ainda é de cautela, mas que as medidas tomadas no início da pandemia têm se mostrado eficientes, e aponta para uma trajetória de recuperação mais sólida a partir do terceiro trimestre.

A recuperação poderá vir mais cedo do que se espera, porém, cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.


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